Depois de só treinar e alguns amistosos, o orgulho da nação finalmente dará sua largada em uma competição na qual a torcida poder comprovar qual é de fato o potencial do novo elenco formado pela diretoria. O Garrafão Rubro-Negro destaca alguns fatores sobre esse plantel, a questão “cultural” que pode atrapalhar a avaliação inicial sobre os novos argentinos, o impacto que os reforços nacionais podem ter, a rotação na posição de ala no que se refere a volume de pontos pode ser um problema e a experiencia de alguns jogadores como importante na construção da identidade desse novo time.
A questão cultural e a dificuldade de acesso para acompanhar melhor quem se destaca na liga do país vizinho, a liga argentina
Nas últimas temporadas quando o Flamengo faz o anuncio da contratação de um jogador argentino para o seu basquete já virou clichê por parte da torcida fazer duas perguntas – Quem é esse? E ele joga mais que o Balbi e o Laprovittola? Acompanhar os jogos da Liga Argentina no Brasil é um famoso parto, só quem é fã de basquete, consegue achar links alternativos que possibilitam assistir os jogos e a desconfiança que hoje impera pela maioria da torcida sobre o potencial de Jose Vildoza, Penka Aguirre e Martin Cuello pode ser considerada normal, é tudo também um reflexo da questão cultural e esportiva do nosso país.
José Vildoza e Penka Aguirre fora alguns dos responsáveis pelos grandes momentos que o San Lorenzo teve na Liga Argentina e também em Liga das Américas. Vildoza que em certos jogos internacionais sempre buscou chamar a responsabilidade pra ele e terminar como o principal protagonista em grandes vitórias do time argentino em jogos eliminatórios da Liga das Américas.
Martin Cuello é aquele típico jogador que na Argentina não gostava muito dos holofotes que seu basquete poderia e estava lhe proporcionando, sempre se focou somente em fazer o seu melhor rendimento e também visando o coletivo. A marca de Cuello na Argentina foi a regularidade ofensiva, principalmente no volume de três pontos.
E fica a informação que os três argentinos estão já pré-convocados para defender a Argentina nas Eliminatórias da Copa do Mundo em novembro.
Comparar esses com outros argentinos que já passaram pelo clube é correr o risco de cometer algum equivoco ou não entender que cada jogador tem a sua personalidade, singularidade. O único fato é que os argentinos que chegaram têm uma boa a ótima qualidade técnica.
Gabriel Jaú e Gui Deodato com regularidade nas últimas temporadas e podem agregar positivamente
O Flamengo fez a aposta e trouxe dois jogadores brasileiros que demonstraram um bom rendimento tático e técnico nas últimas temporadas. O ala-pivô Gabriel Jaú foi o principal pontuador do Bauru e ficou entre os principais cestinhas do NBB passado com a média superior a 16 pontos. O ala Gui Deodato é outro que comprovou que o passar dos anos, ou seja, a maturidade fez evoluir e dar consistência cada vez maior ao seu jogo e nas últimas temporadas teve a média de 13 pontos. E foi o MVP da Copa Super 8 da temporada passada pelo Minas.
O torcedor-rubro-negro pode não estar acostumado a saber quem são esses nomes, mas cabe aguardar um pouco para ver o potencial que esses dois podem agregar juntos e no coletivo como um todo.
Dilemas na posição 3 – um ala de origem de fato e outros jogadores deslocados para essa função visando dar mais dinamismo ao time
A temporada passada quem acompanhou o Flamengo pode assistir Rafael Mineiro sendo deslocado para atuar na posição de ala em boa parte da quantidade de jogos da equipe. Deixando claro todos os méritos e importância de Mineiro no sistema defensivo e volume de rebotes se ficou a impressão de uma certa oscilação no que se refere a regularidade de pontos que o jogador conquistou nos jogos. Voluntarioso e querendo o melhor pro time, Mineiro sempre irá buscar isso quando tiver em quadra, a trajetória dele no rubro-negro fala sobre isso, mas parece que o cenário da temporada passada voltará a se repetir em parte.
Gui Deodato é um ala de oficio e terá a chance de mostrar todo o protagonismo agora no Flamengo e o seu substituto imediato na rotação será quem? Martin Cuello na Argentina nas últimas temporadas atuou muito mais como um ala-armador do que um ala, Gabriel Jaú é jovem e teria o potencial para se adaptar a quem sabe uma nova função, mas novamente precisamos lembrar que no Bauru ele foi um jogador que atuou muito mais na posição de ala-pivô e pivô.
Novos jogos, novos jogadores e fica a expectativa como essas peças irão se encaixar de fato na engrenagem de todo o time. Na temporada passada, o Flamengo tinha uma expectativa muito alta dos alas puxarem a pontuação da equipe em quadra, principalmente os norte-americanos e o retrato foram um fiasco. A ver como serão os ajustes feitos pelo treinador Gustavo De Conti com o material humano que ele tem nas mãos tanto no NBB e na BCLA.
A importância de nomes experientes como Olivinha e Rafael Hettsheimeir no decorrer da temporada
Esses dois já puderam sentir a honra de receber uma premiação individual após uma grande campanha com a camisa do Flamengo seja no NBB e na Champions League Américas. Com um elenco bem reformulado, o time rubro-negro mais do que nunca precisará da experiência de ambos na consolidação e construção da identidade da equipe que possa de fato alcançar os objetivos traçados pelo clube. Estando bem fisicamente e sem nenhuma lesão, os dois ainda tem muito a contribuir para o Flamengo dentro de quadra.
Tendo em vista o limite de estrangeiros tanto do NBB e da Champion League Américas, o elenco do Flamengo ainda poderá contar com mais um jogador estrangeiro.
Elenco do Flamengo até o momento nessa temporada
Armadores:
#7 Penka Aguirre
#11 Jose Vildoza
Ala-armadores:
#44 Martin Cuello
Alas:
#1 Gui Deodato
#20 Rafael Rachel
Ala-pivôs:
#16 Olivinha
#12 Rafael Mineiro
#9 Gabriel Jaú
Pivôs:
#30 Rafael Hettsheimeir
#31 Vitor Faverani
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