O Mundial na temporada passada entrou para a história do Flamengo, mas a expectativa pelo investimento que é realizado a cada temporada pelo rubro-negro a sensação de frustração por parte do torcedor ficou evidente. O time não chegou à final da Copa Super 8 e nem da Champions League Américas e acabou sendo superado por Franca na final do NBB. Buscando retomar o caminho de títulos nacionais e na América, o Flamengo fez uma das maiores reformulações do seu elenco na era Gustavo De Conti.

O Garrafão Rubro-Negro conversou com exclusividade com o técnico Gustavo De Conti que fez uma análise inicial do seu novo plantel para essa temporada.

Gustavo De Conti – técnico

Primeiramente, Gustavo De Conti o rendimento do Flamengo na temporada passada apesar da conquista do Mundial foi muito abaixo da expectativa tanto da torcida e do investimento que é feito na modalidade. Nessa nova temporada, o clube fez a maior reformulação do elenco desde que você se tornou treinador do time. Quais fatores pesaram para você realizar essa grande mudança de jogadores nesse novo plantel?

“Acho injusto quando ouço “apesar” da conquista do Mundial, pois de certa forma desvaloriza o nosso feito. O Flamengo terá duas estrelas no uniforme do basquete. Esse é um título que todos os times perseguem, e nós conseguimos. Sobre o elenco, alguns jogadores se adaptaram melhor, outros não, alguns quiseram sair, enfim, uma coisa normal de qualquer temporada.”

Desde que você assumiu o Flamengo, o time sempre contou com a presença de armadores argentinos no seu plantel. E nessa temporada, não satisfeito somente com um, você terá dois a sua disposição. O que você pode falar sobre o Jose Vildoza e o Penka Aguirre no aspecto técnico?

“Teremos armadores muito inteligentes, experientes e vitoriosos, características importantes para jogar e liderar uma equipe do tamanho do Flamengo. O Penka tem muita técnica, lidera muito bem, sabe colocar a equipe no lugar e organizar as situações. O Vildoza é mais explosivo, mais finalizador, mas também consegue organizar e fazer o time jogar. Estaremos muito bem servidos nessa posição.”

Gui Deodato e Martin Cuello se destacaram nas suas equipes na última temporada por terem uma boa leitura tanto ofensiva e defensiva dentro de quadra. A contratação teve esse fator de leitura de jogo em consideração? E o quanto você acha que essas duas peças podem agregar defensivamente ao seu novo elenco?

“São dois jogadores muito inteligentes e experientes, e gostamos muito de jogadores assim, pois fica mais fácil de entender e tomar as melhores decisões em quadra. São também grandes defensores e jogadores que contribuem muito nos rebotes e no jogo coletivo.”

Para terminar, a Argentina vive um problema na renovação de pivôs depois da aposentadoria do Scola e podemos ver que o Brasil sofre com a falta de mais alas mais jovens e mais sólidos em quadra. Na temporada passada podemos ver você adaptar o Rafael Mineiro na ala e na seleção podemos ver tanto o Rafael Mineiro e o Gabriel Jaú atuando nas alas. Podemos dizer que esses dois jogadores tem o potencial de desempenhar a função de alas no novo desenho do Flamengo que você projeta?

“Você tem razão quanto a renovação dos laterais no basquete brasileiro. Rafael Mineiro foi muito bem nessa posição e é versátil para exercer também outras funções em quadra. O Gabriel Jaú também é bastante versátil e não será surpresa se esses dois jogadores atuarem também como alas.”

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