Da desconfiança ao reconhecimento da importância por parte do torcedor nas últimas temporadas. A trajetória de Rafael Mineiro dentro do basquete do Flamengo podemos dizer que algo é bem singular e única.  O Garrafão Rubro-negro dando continuidade a série “Perfis” fala sobre a permanência do ala-pivô no elenco do Flamengo em mais uma temporada e o quanto ele é importante na engrenagem do sistema tático da equipe comandada por Gustavo De Conti.

Rafael Mineiro – ala-pivô

A primeira passagem de Rafael Mineiro no Flamengo foi com o comando de José Neto nas temporadas 2015/2016 e 2016/2017. E logo no seu primeiro ano de clube, o ala-pivô na época com 27 anos conquistou seu primeiro título do NBB. E na função tática da equipe era muito mais um pivô na rotação com o JP Batista do que um ala-pivô numa rotação maior com Olivinha.  Na campanha desse primeiro título do NBB, Rafael Mineiro teve média de 7,7 pontos e 3,8 rebotes por jogo.

A volta ao Flamengo com a chegada de Gustavo De Conti

Quando Gustavo De Conti chegou ao Flamengo na temporada 2018/2019, Rafael Mineiro foi um dos primeiros nomes divulgado pelo clube e na época seu nome por parte do torcedor ficou longe de ser uma unanimidade. O técnico Gustavo De Conti apostou alto nessa escolha e saberia que ele poderia evoluir taticamente e tecnicamente na formação dessa nova equipe.

Dito e feito. Numa rotação com Anderson Varejão nessa temporada, Rafael Mineiro já conseguiu ter o seu destaque, o seu ponto forte que foi a questão defensiva. E também mostrou um bom rendimento ofensivo diante de Franca na final dessa temporada.

Sabendo da importância tática que tem na equipe, Rafael Mineiro acabou sendo um nome constante na renovação de contrato do Flamengo nas últimas temporadas e podemos dizer que seu auge técnico e tático foi na temporada 2020/2021, a temporada que o Flamengo ganhou tudo que disputou e ele foi eleito com todos os méritos como o melhor defensor em ação dentro do basquete brasileiro desbancando ícones nesse fundamento como o experiente Alex Garcia.

A valorização sempre do coletivo e a necessidade de se adaptar a uma nova função tática em quadra

A última temporada do Rafael Mineiro no Flamengo dá pra se afirmar que foi regular no aspecto defensivo que ele continuou a fazer bem quando exigido. Mas a necessidade de exercer uma nova função na equipe, migrando para jogar mais como um ala, fez o jogador se desdobrar em quadra e acabar tendo um desgaste físico que não teve na temporada que foi eleito um dos melhores defensores do basquete brasileiro.

E esse desgaste físico pode ser percebido em alguns jogos da reta final do NBB, fato que foi natural ainda mais pelos companheiros de elenco naquela temporada não terem o ponto forte a defesa e Mineiro se viu na necessidade de ocupar lacunas em quadras por vários momentos deixadas por esses jogadores.

A variação tática para ala foi um fator que dividiu opiniões dos torcedores e da mídia especializada, mas fica a pergunta se Rafael Mineiro tivesse mais companheiros com uma pegada defensiva maior em quadra, não poderia ter tido uma adaptação melhor e sem menor desgaste durante o transcorrer da temporada?

Nessa nova temporada, poderemos ver como será a adaptação e o rendimento físico do Rafael Mineiro já que ele terá mais companheiros de time com essa pegada mais firme defensivamente como os reforços que chegaram como Gabriel Jaú e Gui Deodato.

A boa fase na carreira sendo reconhecida pela seleção brasileira

Seja com Petrovic e mais recentemente com Gustavo De Conti, Rafael Mineiro vem se tornando um nome constante na convocação da seleção brasileira. E nessa última semana teve seu nome confirmado entre os 16 que poderão disputar a próxima janela das Eliminatórias da Copa do Mundo de Basquete e a Copa América no final desse mês de agosto e início de setembro.

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