No último final de semana, a seleção brasileira Sub-23 conquistou o torneio Globl Jám, no Canadá, ao derrotar os Estados Unidos na grande decisão. Tiago Splitter teve a oportunidade de comandar esse grupo de jovem jogadores e não esconde de ninguém o imenso orgulho que tem por cada um deles. O Garrafão Rubro-Negro conversou com exclusividade com Tiago Splitter sobre o que foi esse torneio no Canadá, o desempenho dos jogadores do Flamengo no torneio, entre outros assuntos. Confira
Entrevista – Tiago Splitter
Primeiramente, parabéns pelo título na sua primeira competição como treinador. Splitter como foram esses dias com os jovens sub-23 no Canadá? E muito no basquete se fala da importância do bom ambiente e do foco no objetivo, que pontos você gostaria de destacar desse elenco em todo o torneio?
Muito obrigado. Esses dias foram muito especiais obviamente foi a primeira vez como técnico principal. Eu não vou esquecer nunca. O grupo desde o começo se demonstrou muito unido, treinou forte e não teve um dia que eu tivesse que dar um esporro para buscar mais foco deles no treino. A dedicação e o esforço deles desde o primeiro dia sempre estiveram lá. Tiveram alguns detalhes e fui arrumando. Mas o mérito é todo deles. Como eles chegaram, como eles jogaram e como tiveram inteligência em fazer pequenas movimentações no sistema em cada jogo para conquistarem a vitória.
Quando se ganha, muita das vezes, seja torcida e mídia especializada acaba por esquecer o papel de outros membros importantes da comissão técnica na construção do trabalho. Gostaríamos que você falasse da importância do suporte do Fernando Pereira como seu assistente técnico durante esse torneio que foi realizado no Canadá?
Com certeza o Fernando foi muito especial para mim. Quando a gente montou a nossa comissão técnica uma das coisas que eu pedi ao Diego, nosso diretor na CBB, foi que tivesse um técnico que não tivesse medo de me falar nada, que não tivesse medo de me corrigir e me dar todo o suporte quando eu precisasse. E o Fernando foi assim. Eu na minha primeira vez como técnico tentei ver tudo dentro da quadra, mas é impossível. E tiveram momentos que ele me deu toques sobre trocas de jogadores que estavam cansados, me sugeriu o time a jogar mais devagar ou fazer algo diferente em quadra. Muitas das coisas ditas por ele só foi pra lembrar, mas ele sempre buscou falar tudo na hora certa, no momento certo. O Fernandinho é especial. E vou levar ele pra sempre, não somente ele, mas toda a comissão técnica. Todos fizeram um excelente trabalho.
E sobre os jogadores, você teve a atuação mais destacada do Yago. E também a importante contribuição do Rafael Rachel em alguns jogos do torneio. O que você teria a falar sobre esses dois jogadores especificamente?
Yago é um cara diferenciado. Ele tem um talento pra jogar basquete, para achar as vantagens, para definir o jogo, ganhar a partida, ele sabe quando precisa acelerar ou ir devagar em quadra. Ele nunca foi um cara egoísta, sempre foi um cara que buscou a melhor decisão dentro de quadra. E foi um prazer ser o treinador dele nesse torneio. O Rafael Rachel foi um jogador que me surpreendeu bastante e pra ser sincero ele não estava treinando bem. E isso acontece, ainda mais por ser um período curto de treinamentos. Ele não treinou bem, mas as pessoas vieram falar comigo que ele era um jogador bom, metia bolas e fazia isso e aquilo em quadra. E eu pude comprovar isso nele com os jogos. Ele se soltou, demos confiança pra ele e pedimos a ele que fizesse o jogo dele, jogasse com alegria no ataque e duro na defesa. Ele tem um talento diferenciado no Brasil pela altura e pelo chute que possui. Ele sabe que tem fatores a evoluir, mas sabemos que isso é com o tempo. Ele só tem a melhorar. O Rafael Rachel é um garoto de ouro. Temos que cuidar bem dele no Brasil pois ele é um dos nossos futuros principalmente na posição 3 e 4 que é uma posição tão difícil de acharmos jogadores. Eu gostaria de frisar que é muito difícil falar somente desses dois jogadores, todo esse grupo é muito especial. Todos tiveram sua importância como o Gui Abreu não jogou a maioria dos jogos e foi importante na vitória contra os Estados Unidos na primeira fase. Assim como o Dikembe que jogou muito bem, mesmo sendo reserva
Para finalizar, qual recado você gostaria de deixar ao torcedor brasileiro e fã de basquete sobre o futuro da modalidade e o potencial que você consegue ver nesses meninos que venceram o torneio no Canadá?
O meu recado pro torcedor é o seguinte nós temos que parar de dizer que o basquete brasileiro é pequeno, que o basquete brasileiro é ruim. Nosso basquete é grande. O basquete do Brasil é grande coloquem isso na cabeça. Acreditem no nosso potencial. Todos os países tem dificuldades, são ciclos, e eu converso com pessoas no exterior e todos respeitam o basquete brasileiro. A gente tem que ter orgulho disso, continuar evoluindo no trabalho da base cuidar bem dos nossos jovens, quanto mais incentivo melhor. Sempre se lembrem que o basquete brasileiro é grande.
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Apesar do resultado, eu não gostei da escolha do Splitter como técnico. Depois de ler essa matéria então, só reforçou minha opnião.
Tudo bem que ele está em uma equipe da NBA, mas ser técnico mesmo é outra coisa. Já chegar pegando uma posição de seleção, desvaloriza muito o trabalho da galera.
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