A boa ou a ruim atuação de um time em quadra durante um jogo de basquete se deve muito a combinação das escolhas feitas pelo treinador associado ao desempenho dos jogadores no sistema tático e nos arremessos. O Flamengo falhou nessa combinação contra Franca que além de contar com esses erros do time rubro-negro, também teve seus méritos no resultado. O Garrafão Rubro-Negro conversou com exclusividade com o técnico Gustavo De Conti sobre essa dura derrota do Flamengo no turno do NBB.

Entrevista – Gustavo De Conti

Gustavo de Conti se você pudesse enumerar os fatores que levaram o Flamengo a ser derrotado por Franca, quais fatores você diria?

“O nosso ataque foi muito mal. A defesa a gente vai olhar e ver que foram 80 pontos, mas a média de Franca no campeonato é de quase 95 pontos. Independente se eles fizeram mais pontos ou não, a gente errou muita coisa fácil na defesa. Erramos muita coisa fácil no ataque. Os rebotes foram um problema muito grande e isso não pode acontecer. O nosso time talvez seja o time mais físico do campeonato, então a gente precisa se mover mais e ir atrás da bola. Não adianta ser somente físico. Foi um conjunto de coisas que levaram essa derrota. E quando se tem uma derrota dessa, eu como técnico não posso apontar um motivo só, foram vários motivos, principalmente as coisas fáceis assim, bola fácil no ataque, chute livre, lance livre. E na defesa as coisas combinadas fáceis de fazermos e que a gente errou, não poderíamos ter errado.”

Em 2018, o Flamengo com um elenco novo tinha uma expectativa alta na fase semifinal da Liga Sul-Americana e acabou sofrendo uma derrota muito dura para o Instituto de Córdoba e que deixou bem evidente a necessidade de repensar o sistema e a necessidade de ajustes. Nessa temporada, veio uma derrota dura para um adversário direto no NBB e novamente se viu a necessidade de buscar ajustes. Gustavo De Conti você vê alguma semelhança dessas duas derrotas e essa necessidade de ajustes?

“Esse ano eu vou confessar pra você que está difícil. Difícil no sentido de termos mais jogadores vindos de outros times e mudamos muito a estrutura da equipe. São muitos jogadores estrangeiros também. Está um pouco mais difícil, mas vai engrenar, vai ter esses altos e baixos. A  gente fez um jogo espetacular contra o Minas, um jogo espetacular contra o Rio Claro e hoje não deu nada certo. Vai ter esses altos e baixos. Felizmente é numa partida no momento da temporada que podemos ainda nos recuperar. Pior se tivesse ocorrido numa fase de playoff ou numa fase decisiva de Copa Super 8 ou da Champions League. Uma derrota como essa que foi para Franca não pode acontecer no Flamengo, uma equipe que é o Flamengo, mas aconteceu e vamos ver aonde estamos errando, corrigir tudo. E a gente precisa saber que essas oscilações vão ocorrer. Contra o Minas eu não esperava uma grande vitória, a gente oscilou muito pra cima, foi muito acima do que eu esperava nesse momento da temporada. E contra Franca eu esperava essa oscilação, mas não essa oscilação tanto pra baixo. E a gente precisa controlar um pouco isso e ficar numa margem melhor e de segurança.

Luke Martinez joga contra o Brasília ou somente contra o Boca Juniors pela Champions League Américas?

“ Segunda-feira a diretoria me garantiu que sai a inscrição dele e terça-feira ele já estará em quadra contra o Brasília pelo NBB.”

A Champions League Américas é uma prioridade novamente no planejamento no Flamengo. Você pretende poupar algum jogador contra o Brasília pensando no jogo contra o Boca Juniors que vem logo em sequência pela Champions League Américas?

“Ninguém vai ser poupado. Nós vamos com força máxima. É um jogo importante para a gente, vamos jogar na terça e teremos quarta e quinta para descansar. A gente tem um elenco que foi formado para a gente não poupar ninguém em nenhum jogo. Temos um bom revezamento e queremos manter o nível lá em cima. E precisamos dar uma resposta boa imediata ao torcedor depois dessa derrota para Franca.”

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