Nos últimos tempos quem acompanha o basquete nacional de perto tem percebido uma aproximação cada vez maior entre a CBB e o Flamengo na busca de uma valorização maior da modalidade através da troca de ideias e também do clube rubro-negro ceder nomes do seu basquete para integrar a seleção brasileira. O Garrafão Rubro-Negro conversou com exclusividade com Guy Peixoto, presidente da CBB, que falou desse atual momento de relacionamento com o Flamengo, a presença de Gustavo De Conti na seleção, a relação entre CBB e LNB e o momento estrutural e financeiro da Confederação.
Entrevista – Guy Peixoto
Primeiramente, Guy Peixoto os fãs de basquete gostariam de saber como é o atual momento financeiro e organizacional da CBB nesse momento? Quais sãos as principais diferenças que você poderia detalhar que já mudaram da sua primeira gestão para essa atual?
“A CBB vem se estruturando diariamente para dar passos cada vez maiores em prol do basquete brasileiro. Não é hora de falar mais do passado. Já atravessamos muitas dificuldades nos primeiros quatro anos, e junto disso, ainda tivemos uma pandemia mundial, que paralisou o esporte e a economia do país. Mas, com muita criatividade e trabalho, estamos nos organizando. Tivemos a chegada da Magic Paula como vice-presidente nessa gestão, além de tê-la no cargo como diretora do basquete feminino. O Projeto Adelante, o Her World Her Rules junto da FIBA. Os resultados virão no médio, longo prazo. No masculino, tivemos a chegada do Diego Jeleilate na direção do masculino, e agora do Gustavo De Conti como técnico da Seleção. Financeiramente, estamos nos organizando para conseguir as certidões negativas, para que possamos levar adiante projetos. E também seguimos conversando com a iniciativa privada e podemos ter boas surpresas nos próximos meses.”
E uma das suas promessas de campanha ainda na primeira gestão era um centro de excelência de treinamentos para a seleção que seria em Campinas, em São Paulo. Até o momento ficamos só na expectativa e não virou realidade. Quais fatores levam a CBB até o momento a CBB não ter um centro de treinamento para as suas seleções como a CBV já tem em Saquarema? O basquete brasileiro ainda sofre com a falta de interesse de empresas privadas?
“Como disse, não gostamos de falar muito do passado, mas é importante ressaltar que recebemos a CBB em situação de penúria. E que até hoje, ainda resolvemos pendências judiciais da gestão passada. Esse cenário, aliado à suspensão e à pandemia, prejudicaram. Mas já passou. Agora, estamos conversando com parceiros e queremos, até o fim deste próximo mandato, ter um Centro de Treinamento para as seleções brasileiras. Nunca foi uma promessa, mas uma ambição de trabalho e de gestão. E que não deixamos de lado em momento algum. Infelizmente, o esporte olímpico como um todo, após a Rio 2016, sofreu demais com a diminuição do aporte financeiro. E não é apenas o basquete quem sofre no mercado. Mas temos confiança que com a credibilidade de volta e com nossa gestão, vamos conseguir parceiros para o basquete brasileiro.”
Sobre o Gustavo De Conti, como foi o processo de escolha dele como treinador da seleção? O retrospecto de títulos nacionais e internacionais recentemente teve um peso grande? E a negociação com o Flamengo foi algo fácil pra CBB?
“Gustavo De Conti é um dos grandes talentos do basquete brasileiro nos últimos anos. Seus resultados falam por si, desde o Paulistano e agora pelo Flamengo. A opção pelo nome de Gustavo foi fácil para a CBB, pois trata-se de um técnico de muita qualidade e que tem em seus projetos e discurso o alinhamento que a CBB acredita ser o melhor para o basquete brasileiro. A negociação com o Flamengo foi a melhor possível. O Rubro-Negro é hoje um grande parceiro da gestão da CBB e sabe da importância da chegada do Gustavo para a Seleção Brasileira e do prestígio que é ter o seu técnico como treinador da Seleção também.”
Como a CBB enxerga a importância da parceria com o Flamengo nesse momento da sua gestão? E que alinhamento de ideias entre CBB e Flamengo você acredita que convergem nesse momento?
“Como disse, o Flamengo é um parceiro fundamental para a CBB. Tem excelência em gestão dentro do basquete brasileiro, não apenas com resultados, mas também com inteligência e organização. Não se ganha títulos apenas com jogadores e uma comissão técnica. É preciso toda uma organização por trás. E o Flamengo tem isso, com a administração do Guilherme Kroll, do Marcelo Vido e do nosso diretor do basquete masculino, o Diego Jeleilate. Tanto Flamengo, quanto CBB, acreditam que o basquete brasileiro tem muito a crescer e pode retomar seu papel de protagonismo no esporte brasileiro. E vamos trabalhar juntos para isso.”
Na coletiva de imprensa de apresentação do Gustavo De Conti, o Marcelo Sousa, diretor institucional da CBB, elogiou a presença do Delano Franco, presidente da LNB, no evento. Para encerrar, Guy Peixoto tu acreditas que o momento atual do basquete brasileiro estará proporcionando uma aproximação maior entre LNB e CBB na busca de uma valorização e integração maior do basquete brasileiro?
“Trabalhamos sempre em prol do basquete brasileiro como um todo. A presença não só do Delano Franco, mas de todo o ecossistema do basquete, com CBC, Governo, COB, Federações, entre outros, na apresentação do Gustavo De Conti, mostra que o mais importante é um alinhamento de ideias pensando no macro, sempre no bem do basquete brasileiro. Temos conversado com a LNB sempre, buscando cada vez mais um entendimento e projetos em conjunto. Quem ganha é o basquete brasileiro.”
O Garrafão Rubro-negro precisa da sua assinatura para continuarmos a nossa cobertura do orgulho da nação. Faça sua assinatura a partir de 10 reais por mês. Conteúdos exclusivos e sorteio de camisas oficiais, casuais e par de ingressos durante a temporada.
Apoia-se – apoia.se/garrafaorn
Pic Pay – @GarrafaoRN
Garrafão Rubro-negro 