O basquete rubro-negro nos últimos 10 anos vem buscando apostar e teve a enorme felicidade de saber escolher muito bem jogadores argentinos para seus elencos. Nomes como Laprovittola, Herrmann, Chuzito Gonzalez, Diego Figueredo e Franco Balbi acabaram agregando não somente tecnicamente a rotação da equipe, mas também contribuíram no aspecto tático. Com base nesse retrospecto recente, o Flamengo ousou nessa temporada e realizou a contratação de um jovem argentino para jogar tanto na base e participar já da rotação da equipe profissional – o nome escolhido foi do ala Esteban Caffaro.
Esteban que é um dos jovens talentos da nova geração do basquete argentino e tem 18 anos de idade. Ele é irmão de Agustin Caffaro, medalhista de prata na última Copa do Mundo de Basquete da China, e de Francisco Caffaro, atualmente no basquete universitário dos Estados Unidos.
O Garrafão Rubro-Negro entrevistou Esteban Caffaro com exclusividade sobre essa sua primeira experiência profissional fora da Argentina e a sua admiração pelo seu irmãos que também são jogadores de basquete.
Entrevista – Esteban Caffaro
Recentemente tivemos a oportunidade de acompanhar vários jovens jogadores que saíram da Argentina rumo a Europa visando o amadurecimento profissional e pessoal, um exemplo disso é seu compatriota Leandro Bolmaro. Esteban o que te fez aceitar a proposta de atuar no basquete brasileiro nesse momento? O fato do Brasil ser um país próximo da Argentina acabou tendo um peso na sua decisão?
“Olhando as opções que tinha na mesa, escolhi o Flamengo porque sabia que conseguiria trabalhar no dia a dia com uma equipe cheia de grandes profissionais, tanto atletas quanto professores, e isso me ajudaria a ter uma boa qualidade de trabalho para continuar treinando. Eu sei o que o Flamengo significa na América e durante sua história eles provaram estar no nível europeu que você mencionou antes. Além disso, deixando os esportes de lado, aqui posso continuar com meus estudos e crescer como pessoa, tendo relativamente perto dos meus entes queridos.”
Qual a sua expectativa desse período que você estará atuando pelo Flamengo tanto no que se refere ao jogo dentro de quadra e fora dela?
“Eu realmente tenho expectativas muito altas em termos de esportes. Quero continuar polindo meu jogo, aperfeiçoá-lo e aprender a funcionar no ambiente profissional. Pessoalmente, acho que vai me ajudar muito pelo meu crescimento e amadurecimento estar longe de casa e dos meus entes queridos. É minha primeira experiência vivendo e jogando por um clube fora de casa, há vários anos eu vinha buscando essa mudança e estou feliz que seja assim e nesse lugar.”
Pode ser que muita gente desconheça, mas você é irmão do Agustin Caffaro, medalhista de prata na última Copa do Mundo de basquete realizada na China. O Agustin te deu algum conselho sobre esse seu novo desafio profissional no Brasil? E como é pra você ter o Agustin como referência dentro do basquete?
“Ter Agustin me ajuda muito a seguir em frente. Eu sempre tenho muitas dúvidas nas minhas novas experiências e ter alguém próximo como ele, que já viveu todo esse tipo de coisa, me ajuda a superar tudo um pouco mais rápido. O conselho que costumo pedir a ele é muito pessoal, sempre conversamos muito, com ele e com meu outro irmão Francisco. Acredito que os ouvir e aprender com suas experiências é uma vantagem que me ajuda a melhorar a cada dia.”

Para terminar, qual mensagem você deixaria para o torcedor rubro-negro que tem a expectativa de ver você em quadra em breve?
“Principalmente, posso dizer para saber que sempre deixarei tudo na quadra. Assisti várias partidas e garanto que estou muito ansioso para poder jogar em um ginásio cheio daqueles torcedores característicos do Flamengo.”