CBB, LNB e Flamengo falam sobre a chegada de Gustavo De Conti a seleção brasileira

O clima nos bastidores da coletiva oficial de apresentação oficial de Gustavo De Conti, ontem no COB, na Barra da Tijuca, foi de pregar a união entre as principais instituições que organizam o basquete brasileiro e também uma valorização por parte da CBB do time que mais faturou títulos dentro cenário nacional nesse atual século 21, no caso, o Flamengo. O Garrafão Rubro-Negro conversou com personagens importantes da CBB, LNB e do próprio Flamengo sobre essa nova era da seleção brasileira a partir de agora com o comando de Gustavo De Conti.

Entrevistas

Marcelo Sousa – Diretor Institucional da CBB

O torcedor que mora no Rio de Janeiro sente a falta da seleção brasileira atuando nos ginásios cariocas. A CBB tem algo planejado para a seleção voltar a atuar na cidade a médio e curto prazo?

“Existe a possibilidade de uma das chaves da Copa América no ano que vem ser aqui no Rio de Janeiro. A última partida nossa aqui no Rio de Janeiro foi contra Chile em 2018. E existe uma possibilidade grande de fazermos uma fase da Copa América aqui. E será interessante estar de voltar a esse palco que vive o basquete.”

Quem cobre o basquete sabe o que vem ocorrendo nos bastidores entre a CBB e a LNB nos últimos anos. Nessa coletiva de apresentação tivemos a presença do Delano Franco, presidente da LNB. A presença do Gustavo De Conti é de fato uma oportunidade de unir e aproximar quem organiza o basquete brasileiro?

“Sempre tivemos a sensação que a relação entre CBB e LNB poderia ser melhor. Sabemos da seriedade e da importância da Liga Nacional tanto a masculina quanto a feminina. Esperamos que essas entidades estejam voltadas para uma convergência única em prol do basquete. A gente espera isso. Ficamos feliz com a presença do presidente Delano, atual presidente da Liga Nacional e ex vice-presidente de esportes olímpicos do Flamengo. Esperamos que nos próximos 3 anos e meio desse ciclo possamos estar mais próximos pelo basquete.”

A negociação da CBB com o Flamengo foi algo fácil? Teve alguma exigência por parte da CBB com o clube?

“O Flamengo tem sido um grande vetor do esporte olímpico brasileiro. Claro que vamos puxar sempre a sardinha pro basquete. O clube tem sido um grande parceiro nosso, tivemos uma receptividade muito legal. Não tivemos um contato direto com o presidente Landim, mas tivemos um contato com o Guilherme Kroll e o Marcelo Vido e eles sempre foram muito sensíveis a nossa solicitação. E isso acaba por valorizar todo o trabalho feito pelo Flamengo. E a gente nem precisa mensurar a qualidade desses profissionais que estarão conosco nesse período de seleção brasileira.”

Delano Franco – presidente da LNB

A sua presença na coletiva de apresentação do Gustavo De Conti tem um simbolismo especial nesse momento? Você vê dessa forma? Podemos ter uma aproximação da LNB junto a CBB?

“Sim, tem um simbolismo. A minha presença aqui é a presença da Liga, não sou eu, Delano. É a Liga que está aqui.  E ela mostra como a gente apoia e está empolgado com essa renovação na comissão técnica. Isso é um símbolo que a gente está completamente engajado e disposto a participar desse trabalho coletivo pelo basquete brasileiro e empurrar o basquete de volta e a gente chegar bem a Paris. Levar o basquete para as cabeças de novo. A Liga tem uma parte desse ecossistema que é o basquete, fazemos o nosso trabalho e queremos ajudar nesse objetivo comum. A minha presença aqui é pra demonstrar que estamos no mesmo barco.”

O Gustavo De Conti tem um peso nessa aproximação da Liga com a CBB? O fato dele ser quase uma unanimidade teve um peso maior nesse processo? Se fosse outro treinador que não fosse o Gustavo, essa aproximação estaria ocorrendo dessa mesma forma?

“Acho o seguinte que o Gustavo empolga muito a gente e a todos. Nós conhecemos o trabalho dele. Sem nenhum demérito aos outros treinadores anteriores. Pra mim a gente conhece o trabalho dele e admira muito. Ele simboliza essa esperança que pode fazer um trabalho diferenciado nesse cenário que o basquete mundial é tão competitivo. Ele pode tentar coisas muito interessantes.  Esse momento transcende as pessoas, seja o Gustavo, eu, é o momento pelo basquete, o basquete precisa de todos nós. Se fosse outro no lugar do Gustavo, a LNB estaria aqui da mesma forma, apoiando e tão interessado quanto. Mas sendo o Gustavo é um plus, pois é um cara que a gente conhece e é a pessoa certa na hora certa.”

Guilherme Kroll – vice-presidente de esportes olímpicos do Flamengo

A negociação da CBB com o Flamengo pela liberação do Gustavo De Conti para ele acumular os cargos tanto na seleção e no time rubro-negro foi algo fácil?

“Foi facílimo. O Gustavo falou isso na coletiva. Mas fácil do que isso, impossível. São pessoas maravilhosas e competentes e comprometidas filosoficamente conosco. Temos total confiança no relacionamento com eles. O Flamengo agora além das grandes conquistas clubísticas no basquete como ser campeão mundial e a partir de agora teremos uma ponta de orgulho pelas conquistas da seleção brasileira no basquete. Isso é muito importante para nós.”

O Gustavo De Conti reforçou a vontade de continuar no Flamengo por mais tempo. O clube pensa nesse mesmo sentido?

“O desejo nosso é ficar mais tempo com ele. Eu quero estender. Eu já conversei com o Marcelo Vido e quero estender o contrato do Gustavo De Conti e do Diego Jeleilate até o fim do ciclo olímpico ou da nova gestão do Landim. Esperamos que tudo acabe dando certo nas eleições do clube em dezembro. Você sabe que eu entendo um pouco mais de basquete do que das outras modalidades, eu já fui técnico de seleção brasileira, já fui técnico de clube, e eu vou garantir uma coisa pra você, todos os técnicos que dirigiram a seleção brasileira acabaram dirigindo antes da hora. Todos, eu estou incluindo o Edvar Simões, Hélio Rubens, Cláudio Mortari, todos chegaram na seleção antes da hora. O Gustavo vai ser o único que estará chegando na hora certa. Ele está pronto, está preparado. E terá uma retaguarda certa, o Diego é uma pessoa fantástica, o Diego é um profissional muito acima da curva. E ele terá respaldo de um clube que tem uma gestão diferenciada. O Gustavo está chegando na seleção na hora certa e vai permanecer lá e também no clube.”

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