É amanhã. O Flamengo a partir desse sábado começa a sua caminhada na fase final da Champions League Américas 2021 e terá pela frente o Caballos de Cocle, do Panamá, nas quartas de final da competição internacional. O Garrafão Rubro-Negro realizou uma entrevista exclusiva com o técnico Gustavo De Conti sobre como foi a campanha da equipe até esse momento, se existe um time favorito para essa fase e a gratidão que ele demonstrou em suas redes sociais para as pessoas que o ajudaram a vencer a Covid-19.

Entrevista – Gustavo De Conti

Primeiramente, Gustavo como você analisa o desempenho do Flamengo até esse momento na Champions League Américas? E que aspecto pode ser aprimorado pensando já nessa fase final da competição que será na Nicarágua?

“Até o momento tivemos um bom desempenho, pois passamos invictos em um grupo muito equilibrado, com adversários de nível bem alto. Porém, sabemos que ainda podemos ser melhores corrigindo alguns detalhes técnicos e táticos que com certeza serão decisivos nos próximos jogos, pois a dificuldade agora só aumenta à medida que o campeonato vai afunilando.”

Qualquer elenco de esporte esportivo sentiria bem o baque inicial quando sofre uma baixa de um jogador importante. O Flamengo teve a baixa de Franco Balbi em um jogo da Champions e o que se viu a partir daí foi um elenco cada vez mais unido, que se cobra mais e fechado em prol dos objetivos traçados. O que você tem a dizer sobre o caráter desse elenco que você montou junto com a diretoria nessa temporada? Essa resposta tão positiva e afirmativa dentro de quadra você já esperava?

“Nosso elenco é, e sempre foi, muito unido e fechado. Todos aqui sabemos a importância de defender uma camisa como a do Flamengo, buscando sempre o melhor e o topo. Sobre a perda do Franco, com certeza estamos sentindo bastante a falta dele, que é um dos líderes do time e contribui muito dentro e fora da quadra. Temos que tentar suprir essa falta e seguir em frente.”

Fase final da Champions League Américas novamente em novo formato e com jogos únicos a serem realizados na Nicarágua. Com esse panorama de jogos eliminatórios você acredita que o aspecto psicológico poderá ter um peso maior comparado ao aspecto tático nesse momento? E a pandemia pode ter um impacto grande nessa conclusão da Champions em razão do impacto físico que a maioria das equipes sofreram nessa temporada?

“Não sei mensurar exatamente os pesos de cada aspecto que você citou na pergunta, apesar de já ter disputado muitos títulos em diversos níveis, por isso estamos nos preparando da melhor forma possível em todos eles, seja no psicológico, no tático ou no físico. Desejo que a gente chegue na Nicarágua com todos os atletas saudáveis, em condições de jogar no seu máximo.”

Flamengo e San Lorenzo são as únicas equipes invictas na competição internacional dessa temporada. Poderíamos dizer que em razão da campanha além do elenco em si, o Flamengo é um dos principais favoritos ao título? Ou essa pressão do favoritismo você prefere não colocar em cima do elenco nessa temporada tão atípica novamente?

“Jogar no Flamengo já é uma pressão e temos completa ciência, por isso temos um grupo experiente e acostumado com situações de decisão. Não concordo que o Flamengo seja o favorito ao título. O Quimsa é o atual campeão, o Real Estelí tem uma excelente equipe e está jogando em casa, o Caballos é praticamente uma seleção panamenha, reforçada com ótimos porto-riquenhos, e todos os times brasileiros estão em excelente nível, ou seja, chegamos a um ponto da competição em que não existe favorito. Existe, sim, quem jogar melhor nesses quatro dias de finais da BCLA.”

Pra encerrar, você recentemente teve um gesto de humildade nas redes sociais e fez prevalecer a gratidão, agradecendo as pessoas que te ajudaram a vencer a Covid-19. Como foi a sensação de voltar a comandar o Flamengo em Córdoba após ter vencido a Covid-19? E caso o clube conquiste os objetivos finais dessa temporada, essas conquistas para você terão um gosto especial que comandou um elenco que vários jogadores venceram essa doença, incluindo você?

“Minha família, o basquete e o Flamengo são a minha vida e por isso foi muito bom estar de volta com o time na Argentina. Essa temporada tem sido muito complicada por conta da covid, mentalmente se torna muito mais desgastante, porém, graças a Deus e ao nosso departamento médico do Flamengo, não tivemos casos mais graves no elenco, apesar de quase todas as pessoas já terem sido contaminadas. A torcida, a imprensa e o público em geral, muitas vezes só enxergam os jogadores, pois estão na frente das câmeras, e eu só quis reconhecer e ressaltar algumas pessoas do elenco que não aparecem muito, mas que são essenciais e fundamentais para que as vitórias aconteçam e a saúde de todos esteja bem cuidada.”

Champions League Américas 2021 – 1 semestre

Fase Final na Nicarágua

Quartas de final – Amanhã, dia 10

1 – San Lorenzo x São Paulo – às 14:40

2-  Flamengo x Caballos de Cocle – às 17:10

3 – Quimsa x Minas – às 19:40

4 – Real Esteli x Franca – às 22:10

Semifinal – Domingo, dia 11

Ganhador do jogo 1 x Ganhador do jogo 2 – às 19:40

Ganhador do jogo 3 x Ganhador do jogo 4 – às 22:10

Final e decisão do terceiro lugar – Terça, dia 13

Decisão do terceiro lugar – às 19:40

Final – às 22:10

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