Educação e esporte sempre deveriam caminhar juntos na sociedade. Nos últimos anos, o Flamengo buscou realizar parcerias que pudessem proporcionar isso aos seus atletas. Seja anteriormente com a faculdade Estácio e recentemente com a parceria com a PUC Rio, na qual foi firmado um acordo para projetos na área de tecnologia e inovação ligados ao esporte. O Garrafão Rubro-Negro conversou com exclusividade com Marcelo Vido, diretor-executivo de esportes olímpicos do Flamengo, que falou sobre a parceria com a PUC Rio e também avaliou o desempenho inicial da equipe no NBB.

Marcelo Vido – diretor-executivo de esportes olímpicos do Flamengo

Primeiramente, Marcelo Vido queria você abordasse como foram as conversas iniciais entre Flamengo e PUC-Rio para a parceria na área de tecnologia e inteligência no esporte? É uma parceria que não tem um prazo de encerramento, correto?

“Fomos procurados no final de 2019 pela PUC e a startup americana para o desenvolvimento de um projeto inovador, que envolvia Inteligência Artificial e diversas análises estatísticas que já utilizávamos no basquete. Confesso que em um primeiro momento me assustei e não compreendi exatamente qual era o projeto, mas aos poucos fomos trazendo para a nossa linguagem da prática esportiva e fui me encantando cada vez mais. Sim, assinamos um Termo de Cooperação com a PUC-Rio para o desenvolvimento de projetos. O BAICA é o primeiro que está sendo finalizado, mas já estamos próximo de divulgar o segundo projeto.”

O primeiro projeto conjunto entre Flamengo e PUC-Rio é de inteligência artificial no basquete. O que você poderia falar desse projeto especificamente?

“Nosso primeiro projeto o “Baica” – Basketball Artificial Intelligence Coach Assistent –  será um assistente técnico “AI”, que irá responder em tempo real perguntas realizadas pela comissão técnica, utilizando como base um banco de dados das últimas competições e, no modo offline, nos ajudando na montagem e opções para o elenco rubro-negro.”

Em anos anteriores, o Flamengo a chegar a fechar patrocínio com a Estácio e agora fechou essa parceria com a PUC na área de tecnologia, inteligência e inovação. Poderíamos dizer que o Flamengo é um clube que se preocupa cada vez mais em associar a sua rotina esportiva junto com a educação?

“Na busca incessante pela excelência, onde sabemos que 1 segundo ou 1 ponto podem ser determinantes, temos que buscar na tecnologia ferramentas que otimizem e nos possibilitem essas vantagens competitivas. Temos no Flamengo um departamento que busca essa interdisciplinaridade, o CUIDAR, e portanto estamos sempre atentos ao que há de mais moderno e a educação está diretamente inserida nesse processo. Sendo assim, parceiros como a Estácio e a PUC-Rio são fundamentais para atingirmos o nível de excelência que almejamos em todas as modalidades.”

Para encerrar, qual a avaliação que você faz do desempenho do time rubro-negro nesse começo de NBB? Algum momento a quantidade de casos de Covid-19 em jogadores e membros da comissão técnica chegou a gerar uma preocupação maior da diretoria?

“O desempenho nesse início do NBB é muito positivo com seis vitórias em seis jogos. Estamos passando, como cidadãos e sociedade, por um momento muito difícil na nossa história e a preocupação é continua enquanto não tivermos uma vacina eficaz e disponível para todas as pessoas. Temos um protocolo baseado na ciência e pesquisa muito bem elaborado, mas diariamente sendo revisado devido aos diversos cenários que mudam frequentemente. Além do protocolo do CRF, temos também que seguir o do NBB, que teve participação direta do nosso coordenador médico, Dr. Cláudio Cardone”

ASSINE O GRN – o Garrafão Rubro-Negro precisa da sua assinatura no PIC PAY ou no Apoia.se (https://apoia.se/garrafaorn), a partir de 10 reais, para continuar existindo e dar continuidade ao seu trabalho jornalístico independente. E ajudando o Garrafão, um dos benefícios é você concorrer a uma camisa oficial e casual no final da temporada.