O cenário mundial ainda é da continuidade da pandemia da Covid-19 e isso acaba impactando o planejamento diário do esporte. E o basquete não ficaria de fora. A Argentina e o Brasil vivem realidade distintas no controle a pandemia e a indefinição quando será a conclusão da primeira edição da Champions League Américas permanece. O Garrafão Rubro-Negro conversou com exclusividade com Kouros Monadjemi, dirigente da LNB e um dos idealizadores do BCLA, sobre o atual momento da competição internacional e a sua importância perante ao basquete brasileiro.
Kouros Monadjemi – dirigente da LNB e um dos idealizadores do BCLA
Primeiramente, Kouros como você analisa o impacto da Champions League Américas (BCLA) para o basquete brasileiro como um todo? Quando foi elaborada a competição na qual teve a sua participação, os objetivos pensados como um torneio continental foram todos alcançados na sua primeira edição?
“A Champions League Américas é de total valia, importantíssima, pois qualquer esporte tem que ter um objetivo, tem que ter uma motivação. A BCLA é a motivação que o basquete brasileiro precisa para se posicionar numa posição mundial entre uma das equipes mais importantes na América Latina. O conceito do BCLA veio com duas maneiras de se posicionar. Primeiro é ela ajudar a massificar o basquete, pois o sistema de disputa é sempre ida e volta. Isso quer dizer que todo jogo terá uma sequência, impacto no público do clube em sua casa. E em segundo lugar o objetivo é mostrar ao mundo do basquete que o Brasil é uma potência e ele precisa estar inserido em todos os campeonatos. E terceiro ela tem uma sequência, depois do BCLA, o campeão irá participar de um torneio chamado Intercontinental, aonde estarão os melhores clubes do mundo. Isso tudo que eu acabei de dizer acaba por impactar na nossa liga (NBB), os clubes vão tentar permanecer entre os melhores colocados, pois sempre teremos de 3 a 4 clubes conforme a meritocracia para participar do BCLA. E nem todos os objetivos da primeira edição foram alcançados. O objetivo será alcançado quando tivermos 16 equipes na competição, com 4 equipes brasileiras e 4 equipes argentinas, isso em virtude de ser as duas ligas que tem a melhor qualidade técnica no basquete latino-americano. Isso nós vamos alcançar daqui a 2 e 3 anos, pois sempre iremos premiar a qualidade do espetáculo, por isso as equipes classificadas serão pela sua conduta, qualidade da sua equipe, pela organização que ela representa. Acredito que daqui a dois anos iremos atingir esse patamar”
O mundo vive um momento impar em razão da pandemia e com isso não existe uma definição certa sobre o período de conclusão da Champions League Américas. Você acredita que exista de fato a possibilidade da semifinal e a final ser realizada ainda em 2020?
“Sim, o objetivo da Champions League Américas é terminar a primeira edição ainda em outubro ou novembro. O que falta é o jogo definitivo entre San Lorenzo e Quimsa para definir qual é a equipe que irá disputar contra o Flamengo a final do BCLA 1. Nosso objetivo caso persista a pandemia é realizar a final no Uruguai. O Uruguai está hoje fora dessa pandemia e eu acredito que sem público é a melhor praça para que essa final seja disputada e ela não atrase seria no Uruguai. O Flamengo já concordou com essa colocação e os clubes da Argentina também. Então brevemente teremos a definição da data.”

Kouros Monadjemi fala sobre o atual momento da Champions League Américas
Em entrevista ao site “Uno a Uno, Fabian Borro, presidente da CABB, falou de Horacio Muratore defender o adiamento da conclusão da Champions League Américas para fevereiro de 2021. Existe de fato essa possibilidade de adiamento?
“Não sei de onde o Horacio falou em fevereiro de 2021. Acredito que ele possa ter dito que a segunda edição da Champions League Américas pode começar em fevereiro ou janeiro. Isso pode acontecer, isso dependendo da gravidade da pandemia. Está objetivado que a segunda edição da Champions League Américas comece em novembro ou dezembro. Nós vamos encerrar a primeira edição para dar inicio a segunda edição da Champions League Américas.”
Para encerrar, qual a sua expectativa em torno da segunda edição da Champions League Américas? O que pode ser ainda aprimorado para esse torneio tão importante das Américas?
“Sobre a segunda edição da Champions League Américas eu acredito que ela poderá ter seu inicio em novembro ou dezembro e terminado em março por aí. O que eu posso dizer é que estamos corrigindo algumas falhas que ocorreram durante a primeira edição, o que é normal, estamos redigindo um novo regulamento e devemos buscar melhorias no orçamento para que ela possa atender com prêmios melhores e também reforçando com os países de outros continentes. Continuaremos com 12 equipes nessa segunda edição e já planejando para o terceiro, quem sabe, já com 16 equipes. Sobre a segunda edição com o começo entre novembro e dezembro, claro pode ser que não aconteça nesse período, em razão da pandemia. Se a pandemia continuar e levar um aumento nos casos dentro dos países ela pode não acontecer, mas queremos dar inicio nela o mais breve possível.”
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