Um dos maiores talentos do basquete brasileiro nos últimos anos, Didi, nunca escondeu sua admiração pelo Flamengo. Focado em deslanchar sua carreira internacional após ser draftado na NBA, o ala-armador vive seu aperfeiçoamento técnico e tático na Liga de Basquete da Austrália defendendo o Sidney Kings. O Garrafão Rubro-Negro realizou uma entrevista exclusiva com Didi que destacou sua experiência na Austrália, seleção brasileira, e claro, Flamengo.
Didi Louzada – ala-armador
Primeiramente, Didi, como tu descreveria sua primeira temporada no basquete da Austrália? Como foi sua recepção no clube e pelos companheiros de time do Sidney Kings?
“Foi uma experiência maravilhosa, muito importante para o meu crescimento, minha evolução como jogador. Fui muito bem recebido por todos, equipe, fãs, me senti muito à vontade em Sydney, que é uma cidade linda e organizada. Fiz amigos, fui feliz em Sydney nessa temporada em que joguei pelos Kings e o apoio e o carinho de todos foi fundamental.”
Você está atuando no basquete australiano para adquirir mais experiência internacional, o quanto você acredita que esse momento na Austrália acabará sendo importante quando você retornar para a NBA?
“Ganhei muito nessa passagem pela Austrália, pessoal e profissionalmente. Foi uma temporada de muitos aprendizados, da língua, do jogo, do convívio com atletas de outros países e da experiência internacional que eu adquiri. A liga é forte, de altíssimo nível, e isso ajudou muito na minha evolução como jogador.”
A Olimpiada de Tóquio foi adiada em virtude da pandemia da Covid-19 e você é um dos nomes certos da seleção brasileira na disputa pela vaga na competição. Qual a sua expectativa de voltar a defender a seleção brasileira em breve e como o técnico croata Petrovic vem te ajudando no amadurecimento do seu jogo dentro de quadra?
“Tenho muito orgulho em vestir a camisa da Seleção Brasileira, em representar o meu país, e espero ter a chance de disputar o Pré-Olímpico. Petrovic é um técnico muito inteligente, conhece do jogo e tem um diálogo aberto com todos os jogadores. Ele passa muita confiança e segurança para o grupo, está fazendo um excelente trabalho à frente da equipe e espero que a gente consiga fazer uma boa preparação para conseguir a vaga nos Jogos de Tóquio.”
Você sempre foi um jogador muito profissional e nas suas redes sociais nunca escondeu sua ligação com o futebol do Flamengo. No ano passado, com o ano mágico do futebol do clube, você vibrou em diversos momentos com as vitórias do time rubro-negro. Como foi pra você acompanhar as vitórias do Flamengo bem distante do Rio de Janeiro? E teria algum jogo marcante que você acompanhou do futebol que mais te marcou em 2019?
“Bom, como todos sabem, eu sou rubro-negro desde pequeno, praticamente minha família toda torce pelo Flamengo. Nunca escondi, é o meu time do coração, gosto de torcer, principalmente no futebol, e no ano passado tivemos muitas vitórias, conquistamos vários títulos em um espaço curto de tempo, em 48h, se não me engano… Então a equipe está de parabéns e um jogo marcante que acompanhei foi a final da Libertadores, que viramos nos minutos finais do segundo tempo. Esse foi um dos maiores jogos pra mim, que me marcou muito.”
A cada reforço do basquete do Flamengo nessa temporada você usou seu Instagram para desejar boa sorte a eles no clube. E a nação rubro-negra brincou com você pedindo que você viesse também para o clube. Como você recebe esse carinho por parte do torcedor rubro-negro? E passa na sua cabeça em algum momento atuar ou encerrar a sua carreira com a camisa do Flamengo?
“Fico feliz e agradeço o carinho que todos sempre mostram por mim. Tenho muitos amigos no Flamengo, companheiros de Seleção Brasileira, e torço pelo sucesso deles, assim como dos outros amigos que estão jogando no basquete brasileiro. Temos uma liga forte, de alto nível, e isso é importante para a nossa modalidade. Passa, sim, pela minha cabeça um dia jogar pelo Flamengo. Hoje estou focado em chegar à NBA, é o meu objetivo nesse momento, estou trabalhando muito para isso. Mas, quem sabe, um dia eu não vista a camisa rubro-negra…”
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