O Flamengo no início da temporada fez algumas contratações para agregar valor técnico tanto na categoria de base e adulta. Um desses nomes foi do armador Pedro Nunes. O capixaba voltou ao basquete brasileiro após um período nos Estados Unidos. O blog Garrafão Rubro-Negro fez uma entrevista exclusiva com ele que abordou como foi seu processo de adaptação na volta ao Brasil e sua primeira temporada defendendo o orgulho da nação dentro de quadra.
Pedro Nunes – armador
Primeiramente, Pedro Nunes como foi para você receber a notícia do encerramento do NBB sem a definição de um campeão e o adiamento da final da Champions League Américas para setembro?
“Não é uma notícia boa para nós jogadores, nós nos esforçamos muito para poder terminar em primeiro na temporada regular, então não poder finalizar isso não é uma das melhores notícias. Mas devido à pandemia e a situação do nosso país, e visto que a temporada acabaria em junho e precisaríamos ainda de tempo para voltar a treinar antes dos jogos, acho que a decisão da Liga foi prudente e bem acertada, devemos sempre priorizar a nossa saúde e a dos outros.”
Como está sendo pra você lidar com o isolamento social? E em algum momento a pandemia da Covid-19 te gerou uma apreensão maior?
“Eu sou uma pessoa bastante ativa, passo o dia inteiro praticamente no Flamengo, então não poder fazer tantas atividades acaba sendo um pouco mais difícil para lidar com o isolamento. Mas não me gerou nenhuma apreensão maior, porque apesar de ser uma pessoa bem ativa, tenho a oportunidade de estar com minha família e isso me conforta.”
Na sua primeira entrevista ao blog na estreia do time na LDB, você em razão de um bom tempo nos Estados Unidos tinha a dificuldade de lembrar algumas palavras na nossa língua. Como foi pra você todo esse processo de adaptação novamente ao Brasil? E falando culturalmente, o que mais te chamou a atenção no Rio de Janeiro?
“Foi bem tranquilo, consegui aprender as “novas gírias” principalmente tendo muito contato com os meninos da base. Foi bem fácil, afinal português é minha língua materna. E eu amo morar no Rio, acho que a cidade tem um astral diferente de qualquer outra que já morei, é realmente uma sensação diferente e muito boa!”
Se você tivesse que destacar um jogo marcante pela base e outro pelo adulto do Flamengo nessa temporada, quais seriam esses jogos?
“Pela base, eu destacaria o jogo contra o Pinheiros na semifinal da LDB. Foi um jogo disputado até o final, mas nós tínhamos a partida na mão, e acabamos falhando no fim e perdendo. Foi um jogo que me marcou, pois se ganhássemos tudo seria diferente, um excelente aprendizado para nunca mais deixar isso acontecer. E pelo adulto, a semifinal contra o Instituto no Maracanãzinho… faltam palavras para descrever essa partida, simplesmente o melhor jogo de basquete que eu já presenciei.”

E para terminar, qual recado você deixaria para o torcedor rubro-negro que apoiou você e os demais jogadores do elenco nessa temporada?
“Gostaria de agradecer à toda Nação pelo apoio e dedicação ao ir aos ginásios assistir nossos jogos. Mesmo que não fossem no Rio, sempre tínhamos torcida em qualquer lugar do país. Vocês são realmente o nosso sexto homem em quadra. Vivenciando tudo isso na última temporada, percebi que ser Flamengo é diferente, é uma sensação diferente, é uma grandeza absurda, e agradeço muito à Nação por nos lembrar e mostrar isso torcendo por nós a cada jogo! Obrigado, Nação!”
O armador Pedro Nunes é o único jogador do elenco com mais um ano de contrato, ou seja, garantido para a próxima temporada.