Além do Garrafão: Derrota dolorida na final do Super 8 e a confiança na sequência do atual trabalho do elenco rubro-negro

Calma, torcedor. Uma das mais brilhantes frases do grande rubro-negro Washington Rodrigues, o Apolinho, diz que “O Flamengo se alimenta de vitórias.”. Isso vale para o campo e para as quadras. E o revés no Super 8 não pode ser encarado como o fim do mundo e sim um momento importante para a maturidade e competitividade do atual elenco.

O bravo leitor deve estar pensando que o texto será para justificar a derrota, a popular “passada de pano”. Não é. Problemas existem. A derrota para França colocou foco em todos eles como a falta de um armador reserva para Balbi, a falta do pivô para defender o poste baixo (tal qual em 2016) e as constantes trocas que o técnico Gustavo De Conti prática durante a partida. Nenhum destes pontos seriam levados em consideração se o Flamengo tivesse vencido, mas não fez. Assim como a Sul-americana de 2018 alguns pontos devemos levantar. Segue:

Balbi e …. – Que Franco Balbi é o armador titular isso não tem discussão, mas quem se encarrega da armação do time quando o Argentino descansa ou alguém para fazer uma variação como um ataque mais rápido? Hoje o elenco conta com Deryk Ramos e o jovem Matheusinho. No jogo contra Franca pelo Super 8 Deryk não foi bem. Acertou apenas uma bola de 3 em 9 tentativas. Entre elas as duas tentativas fatais que não caíram no final da partida. Normal. Acontece. Assim como Deryk errou hoje no decisivo jogo 5 do NBB passado o quarto período do jogador foi espetacular. Particularmente, acredito que Deryk rende mais como número 2 e não como armador principal. Mas entendo a opção do Gustavinho já que Matheusinho ainda é jovem. Pelo visto a diretoria e comissão técnica tiveram uma leitura parecida já que o Uruguaio Gustavo “Panchi” Barrera foi contratado para a posição. E Deryk voltando a ser o segundo armador parece ser o melhor movimento para o jogador e ao elenco;

2. Síndrome do Olimpia – para quem não lembra em 2017 o time do Olimpia contratou o pivô gigante McCullough e venceu o Flamengo na Sul-americana. Chega Anderson Varejão no meio da temporada e na final do NBB contra Franca o pivô ajudou a conter Rafael Hettsheimeir e Cipolini. Hoje o Flamengo tem Rafael Mineiro na posição 5 como titular e o Dominicano Vargas como reserva imediato. Nenhum dos dois conseguiu parar Hetts a ponto de Gustavinho colocar Léo Demétrio em excelente partida para marcar o pivô. Demétrio pode ser mais rápido que o pivô de Franca mas não tem a altura e a força. Resultado? 28 pontos para Hetts e título para os Francanos. Vargas mostrou qualidades, mas joga em um campeonato que nunca jogou e ainda está se entrosando. Leva tempo. Já Rafael Mineiro parece mais confortável jogando na posição 4 onde pode ser o jogador da dobra no poste baixo. O Flamengo tinha em Anderson Varejão um jogador reconhecido mundialmente, uma marca do basquete, e um excelente defensor. Não deu certo a renovação o que foi uma pena. Agora está claro que a reposição não foi a altura. Vargas chegou com o NBB em curso e Leron Black… bom, isso é outro capítulo;

3. Graham – o cestinha do NBB passado com quase 25 pontos ainda está devendo uma grande partida na frente da torcida do Flamengo. O jogador tem excelente técnica, MVP de Liga das Américas e é decisivo, mas o que acontece? Bom, Graham jogou com uma lesão o Super 8 inteiro. Era mais visível no jogo da semifinal contra Pinheiros do que na final. No jogão na frente de 5 mil apaixonados rubro-negros foram 9 pontos. Boa média para qualquer jogador não para um cercado de expectativa. Será que o papel de segunda ou terceira opção no ataque incomoda o jogador? Será que a alta rotação está atrapalhando? Saberemos as respostas definitivas no fim da temporada.

Para fechar vamos com outra famosa frase de Vanderlei Luxemburgo:” No Flamengo qualquer p… vira crise.”. Não dá para diminuir ou minimizar a vitória de Franca que foi brilhante, mas também não dá para queimar todo o trabalho do ano todo do Flamengo. Ajustes fazem parte e não tem melhor motivador que devolver uma derrota doída.

Levando em consideração o rendimento dos times brasileiros e argentinos que estão na disputa da Champions League, o Flamengo é a equipe com menos derrotas até o momento na temporada – 3 ao todo. E a partir de quinta-feira tem desafio pelas quartas de final contra o Fuerza Régia.

Retrospecto dos brasileiros e argentinos até o momento (NBB, Super 8 e Champions ou La Liga, Super 20 e Champions):

San Lorenzo – 21 vitórias e 5 derrotas
Flamengo – 19 vitórias e 3 derrotas
Quimsa – 18 vitórias e 5 derrotas
Instituto – 18 vitórias e 9 derrotas
Franca – 16 vitórias e 6 derrotas
Mogi – 13 vitórias e 7 derrotas

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