Gustavo De Conti teve a oportunidade de vivenciar a gestão esportiva na melhor Liga de basquete do mundo e ser um dos assistentes técnicos do Brooklyn Nets na Summer League da NBA, torneio que busca dar espaço para os jovens valores draftados mostrarem o seu valor. O treinador do elenco adulto do Flamengo concedeu entrevista exclusiva para o blog Garrafão Rubro-Negro e falou como foram os dias em Las Vegas como assistente da franquia da NBA e qual aprendizado que fica de toda essa experiência.

Gustavo De Conti – treinador da equipe adulta do Flamengo

A análise da experiência esportiva na Summer League da NBA

“Foi muito bom. É a primeira vez que eu estive dentro de uma equipe da NBA. Nas outras oportunidades eu tinha ido com a seleção brasileira para enfrentar a seleção norte-americana em duas oportunidades. Recentemente eu fui com o Flamengo e enfrentamos o Orlando Magic. Eu cheguei a fazer um pequeno estágio no Indiana Pacers há 5 anos. Mas nenhuma eu tinha participado de reuniões e sendo o assistente técnico. Dessa vez foi diferente e eu tive a oportunidade de ver bastante coisa. Conversei com muita gente e dessa vez foi de fato muito especial.”

O agradecimento a Tiago Splitter e Kenny Atkinson pelo convite de ser assistente técnico no Brooklyn Nets

“ O Tiago foi fundamental. Em todos os anos, as franquias acabam selecionando treinadores internacionais e ele no Brooklyn acabou ajudando a abrir mais isso. Eu vi essa abertura também no Pelicans e no Boston, com vários treinadores internacionais. O Tiago lançou meu nome lá dentro de uma lista de treinadores internacionais que eles tinham. E eu também já tinha uma proximidade com o Kenny Atkinson que é o técnico da equipe, eu já o conhecia quando ele era técnico da seleção dominicana e pela seleção brasileira enfrentamos ele na Cidade do México, pela Copa América. Tanto ele que estava lá nessa época, também dois assistentes técnicos desse período continuam com ele lá agora no Brooklyn. Isso tudo facilitou. Ele se lembrou desse momento e acabou facilitando também esse convite.”

Os bastidores do período como assistente técnico da Summer League e o inesperado terremoto que atingiu a cidade de Las Vegas durante a competição

“Eu até tinha brincado com o Tiago, pois já tinha ocorrido um terremoto menor no período da manhã e a mulher do Tiago ligou para ele, nós estávamos a caminho do ginásio, dentro do ônibus e a gente não sentiu. Até eu brinquei com o Tiago e com a minha mulher depois que eu gostaria de sentir um pouco o que é um terremoto, até pra ver como era. Eu nunca tinha passado por isso, queria ter passado um dia, mas que fosse fraco. E o que deu depois foi de magnitude de 7.1. No começo foi bacana, eu comecei a filmar, mas depois fiquei desesperado. Eu estava no meu quarto no hotel e as paredes começaram a estalar e depois que o terremoto acaba, as paredes continuam estalando por mais um período. Eu peguei as minhas coisas dentro do quarto e desci. O pessoal lá em baixo do hotel também estava desesperado.”

O sonho de algum dia integrar de fato uma comissão técnica de uma franquia da NBA durante uma temporada

“Se eu falar pra você que eu não sonho com isso eu estou mentindo. Claro que eu como técnico quero dirigir a seleção brasileira, trabalhar na NBA, está sempre buscando coisas acima. Como eu lá atrás tinha o desejo de ser treinador do Flamengo e ganhar títulos por esse clube. Um dia eu quero ser treinador da seleção e ganhar títulos pela seleção. Talvez ser treinador da NBA caso seja possível. Não é uma das coisas que está nos meus objetivos iniciais, do tipo, é isso que eu quero e nada mais. Mas seria uma experiencia muito legal.”