Lembranças do primeiro Mundial – Marquinhos

O mês de setembro já começou e o Garrafão Rubro-negro apresenta novos capítulos dessa série especial relembrando momentos da primeira conquista mundial do basquete do Flamengo em 2014. No capítulo de hoje, o GRN apresenta uma entrevista exclusiva com o ala Marquinhos que relembra essa conquista e fala alguns bastidores de como foi a semana que ocorreram esses jogos na Jeunesse Arena.

Marquinhos também aproveitou a oportunidade para agradecer o carinho que ainda recebe de torcedores pela sua trajetória no clube, principalmente em razão de conquistas como essa a de 2014.

Marquinhos

Primeiramente, Marquinhos quais são as suas principais lembranças daquele elenco do Flamengo que conquistou o Mundial de 2014? Daquele grupo de jogadores quem eram os mais próximos de você?

“Nossa, as lembranças não tem como são ser outra de quando faltavam menos de 2 minutos para terminar o jogo, tentando segurar a emoção.  O jogo estava praticamente ganho, a gente precisava ganhar por mais de 3 pontos e já estávamos ganhando por mais de 10. Foi difícil conter a euforia ainda mais com a torcida gritando é campeão. Depois teve aquele momento de invasão da quadra, eles nos pegam pelo braço. Foi animal, foi surreal toda aquela energia. Essa é a principal lembrança que vem de imediato na minha cabeça. E falando dos jogadores próximos é claro que era o Olivinha e o Marcelinho que estávamos juntos na seleção. Mas eu gostaria de deixar destacado todos daquele grupo.”

Todos os jogadores que já conversamos sobre o Mundial acabamos por recordar alguns bastidores desse período. E falando sobre o seu bastidor acabou por ser um dos assuntos mais comentados no período da competição. Entre o jogo 1 e o jogo 2 diante do Maccabi Tel Aviv, surgiu a informação da imprensa estrangeira e brasileira sobre um possível retorno seu a NBA e até a possibilidade de você talvez nem atuar o segundo jogo da decisão. A sondagem da NBA nesse período foi real? E como foi para você lidar com essa situação? Chegou a ter uma conversa entre você e o Flamengo nesse período em razão dessa notícia?

“Foi um período meio difícil esse extra quadra. Eu sai da NBA sem ter muita oportunidade e depois de um Mundial com Brasil muito bom na Espanha em 2014. Eu recebi sondagens de clubes da Europa e dois da NBA que foram o Dallas e o New Orleans.  Eles queriam me levar nesse período que já eu tinha contrato com o Flamengo e só teria contrato garantido lá a partir de janeiro. Eu nessa época conversei diretamente com o José Neto e o Alexandre Póvoa e depois dessa conversa que eu tive com eles eu resolvi permanecer no Flamengo. E acabou sendo a decisão mais acertada que eu fiz. Eu não poderia trocar uma coisa que estava dando muito certo para voltar a jogar a NBA que era um sonho meu. Eu teria um contrato de 3 meses lá e com o risco de ter o contrato cortado depois. Eu optei por ficar no Flamengo e continuar a fazer história no clube.”

Falando do período do Mundial, como foi aquela semana da realização dos dois jogos da competição e apesar de você já ser um jogador experiente na época, como foi para você administrar uma possível ansiedade que se torna até natural em razão do peso dessa competição?

“Foi uma semana muito difícil, a gente sabia que o Maccabi era um time bem forte e tinham acabado de vencer a Euroliga e a gente tinha vencido a antiga Liga das Américas. A gente sabia que iria enfrentar um time difícil, mesmo eles perdendo alguns jogadores, e isso já pode perceber pelo que foi o primeiro jogo contra eles, jogo da escola europeia que tem um jogo muito intenso e rápido.  A gente acabou perdendo o primeiro jogo que foi pau a pau. E eu me lembro que os dias antes dos jogos do Mundial a gente no hotel parecia intermináveis, pois a gente treinava em um período só. A gente estava acostumado com a rotina de casa, pois o dia passa mais rápido, pois sempre temos algo a fazer.  Quando a gente fica no hotel é cama, tu estuda o adversário, vê um pouco de televisão, os dias pareciam intermináveis.”

Você foi campeão de praticamente tudo na sua passagem pelo Flamengo. Mas se tratando de título mundial de clubes, ainda mais contra um campeão da Euroliga, acaba por ter um peso maior. A sua ficha que era campeão mundial acabou caindo de forma imediata após o apito final e a invasão da torcida em quadra ou você levou um pouco mais de tempo para dimensionar o que foi essa conquista?

“Demorou alguns dias para a minha ficha cair. Quando o jogo acabou, a torcida invadiu e teve a comemoração com meus companheiros e a minha família. Nunca presenciei uma festa daquela forma, foi algo enorme.  Foi muito legal e ficar com seu nome gravado na história. Ganhamos de um time da Euroliga. Nosso time estava muito bem preparado, era homogêneo. Foi muito legal essa conquista.”

Para finalizar qual mensagem você deixaria para o torcedor do Flamengo que sempre se recorda com carinho de você como uma das peças importantes naquele elenco que ganhou o Mundial em 2014?

“Primeiro eu sempre tenho que agradecer todo o suporte que tive dos torcedores no Flamengo, especialmente nesse ano de 2014 que foi um ano muito legal. A gente ganhou praticamente tudo que disputou, tínhamos uma equipe linda e acabamos sendo abraçados pela torcida que sempre estava presente no Tijuca e na Arena. Isso era muito legal. Sempre vou recordar de tudo isso com muito carinho e essa paixão que a torcida tinha por mim e todo o time.  Um abraço grande e foi muito legal ter vivido muitas conquistas com vocês.  A saudade é sempre muito grande.”

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1 comentário Adicione o seu

  1. Avatar de Luciano Luciano disse:

    Marquinhos fez muita falta neste ano, ao Flabasquete.

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