Temporada 2024/2025 – Elenco supera expectativas na Copa Super 8 – BCLA e tem término amargo nos playoffs do NBB

A temporada do basquete do Flamengo foi um misto de sensações para seu torcedor – da alegria por dois títulos conquistados e pela frustração de ver como o elenco teve enorme dificuldade de ser mais competitivo nos playoffs do NBB em pleno Tijuca. O Garrafão Rubro-negro faz uma análise do que foi essa temporada do Flamengo.

Desde a montagem inicial do elenco já se tinha a expectativa sobre a aposta alta que a diretoria fez em posições de ala-pivô e pivô. E contar com uma intensidade também dos norte-americanos contratados. O elenco teve que se superar e se superou em alguns momentos, mas a certeza que ficou para a torcida que no papel e em quadra os jogadores mais regulares se resumem a dois nomes – Alexey Borges e Ruan Miranda.

O GRN abre sua análise individual sobre o elenco

Alexey Borges – o prêmio de MVP tanto da Copa Super 8 e da Champions League Americas ilustram bem o papel de principal protagonista do Flamengo na temporada. E mesmo caindo um pouco de produção nos playoffs do NBB, acabou mesmo assim sendo o jogador mais regular e eficiente do Flamengo nos jogos.  Deveria ser a prioridade número 1 de renovação da próxima temporada.

Franco Balbi – idolatria e gratidão por tudo que fez pelo clube, isto nunca será apagado. Sendo feito essa ressalva, temos que ser justos e falar que a temporada foi muito irregular e com inúmeros erros individuais em jogos de maior apelo que o torcedor não assistiu em outros momentos que o argentino estava no seu auge técnico.  O melhor momento de Balbi foi no Final 4 da BCLA. Para um jogador tão técnico como ele, isso é pouco, ainda mais sabendo do impacto que ele poderia ter feito mais em quadra.

Shaq Jonhson – o norte-americano pode ser o retrato fiel do Flamengo como rendimento nesta temporada. Um dos protagonistas do time no Final 4 na BCLA . E quando era esperado uma sequência no NBB e nos playoffs. Ele virou vagalume. De cestinha da equipe em uma determinada série nos playoffs para um jogador que não tinha confiança no seu próprio arremesso em outros confrontos. Jogador vagalume que não passa confiança numa regularidade é complicado se manter ainda mais projetando um Mundial.

Gui Deodato – uma temporada marcada por lesões e isso acabou prejudicando na luta por uma vaga no quinteto titular nas principais competições disputadas pelo clube. Gui Deodato mesmo assim acabou tendo bons números tanto na reta final de BCLA e do NBB. Pelo cenário nacional de jogadores disponíveis no mercado, a continuidade do ala no Flamengo por mais uma temporada não seria ruim.

Jordan Williams – o norte-americano teve momentos de destaque, seja por seu volume de três pontos e sua defesa que acabaram em enterradas nas partidas. Foi de Jordan os lances livres cruciais que ajudaram o Flamengo a conquistar mais uma Copa Super 8.  Sua regularidade no aspecto positivo seja defensivo e ofensivo foi superior a de Shaq Jonhson.

Jhonatan Luz – a experiência importante para esse elenco e bolas de três importantes na campanha da BCLA e da própria Copa Super 8. E sua liderança até na forma de se posicionar seja contra o calendário, arbitragem é algo relevante a se considerar. Sempre é melhor ter elenco com alguém com personalidade e ser o porta voz em assuntos relevantes como esse do que ter um elenco sem uma pessoa como essa e só ter foca que possa aplaudir tudo que ocorre no basquete seja pelo lado bom ou ruim.

Kayo Gonçalves – a oportunidade de jogar uma temporada inteira pelo clube acabou tendo uma grande oscilação no real impacto em quadra. Na transmissão internacional da BCLA, o nome de Kayo Manfio foi elogiado com todos os méritos pelo desempenho ofensivo. Nos playoffs do NBB a realidade foi outra. Poucos jogos bem ofensivamente e quando buscou compensar na defesa, o excesso de vontade e energia não se mostrou equilibrado e sempre fazia falta nos adversários nos momentos dos arremessos.  Na balança, o saldo final da temporada não foi positivo, sabendo do potencial que Kayo tem e não conseguiu comprovar essa regularidade.

Lucas Siewert – Siewert chegou ao Flamengo pela sua característica forte de bom volume nos três pontos.  Mas o jogador no transcorrer da temporada teve que se adaptar a outras funções e até jogar como pivô improvisado após a lesão de Gallizzi.  Siewert oscilou nos três pontos e faltou uma regularidade maior entre defesa e ataque. Jogos que pediam um aproveitamento melhor ofensivo de Siewert, só aparecia um volume defensivo. Ou vice-versa. Uma irregularidade que não deve gerar uma continuidade no Flamengo.

Gallizzi – um dos principais nomes do Quimsa na temporada passada, inclusive pela atuação contra o Flamengo na decisão da BCLA, o argentino não conseguiu repetir bons números pelo clube seja no comando de Gustavo De Conti e Sérgio Hernandez. E a lesão nos playoffs do NBB impediram dele mudar a avaliação na visão de todos e sempre fica o desejo de uma pronta recuperação.

Ruan Miranda – voltou ao clube após experiência no exterior e vamos dizer o português claro, não afinou. Pelo contrário,  junto com Alexey foi um dos nomes do elenco nesta temporada.  Ruan que chegou ao clube com a temporada já em andamento, ganhou a posição de titular e não saiu mais.  Merece ter o contrato renovado e até um projeto a longo prazo desde o clube, ainda mais no basquete atual, que é difícil se construir novos ídolos junto ao torcedor.

Gustavo De Conti – uma temporada atípica do Flamengo e com demissão dele em fevereiro deste ano.  Independente se você gostar ou não do trabalho dele como treinador,  é fato que foi no comando dele que o elenco ganhou a Copa Super 8 e terminou em primeiro lugar na fase de classificação da BCLA no seu grupo. Cogitar que a sua permanência no comando, o time não ganharia a BCLA e iria mal nos playoffs do NBB é um baita exercício de futurologia. Não tem como prever ou cravar como seria.  Gustavo se despediu do clube com mais um título nacional na história.

Sergio Hernandez – o treinador argentino que sempre foi elegante e reconhecendo os méritos do trabalho do técnico Gustavo De Conti e frisando que faria ajustes para deixar o elenco com mais a sua identidade.  E sobre essa identidade que deixou o torcedor mais encucado com o desempenho do Flamengo. Qual é de fato a identidade que o Sérgio sempre quis – a do Final 4 da BCLA ou do desempenho do elenco fora de casa nos playoffs do NBB? Pois se for a identidade que o elenco demonstrou atuando em casa nos playoffs do NBB seria algo a se preocupar, ainda mais contra times com orçamento bem inferiores. Com a possibilidade de montar um elenco desde do início da temporada, fica a expectativa sobre essa identidade e quem vai representar ela dentro de quadra.

O Flamengo terminou a temporada com título do Super 8 contra o Minas, em Belo Horizonte. Título da BCLA contra o Boca Juniors, no Maracanãzinho. Eliminação para Franca no jogo 5 da semifinal, no Tijuca.

Na próxima semana, o GRN começa a trazer bastidores da montagem do elenco do Flamengo para a próxima temporada.

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